O ato psicanalítico refere-se a dois momentos de uma análise, os únicos em que se pode formular um saber apriori, pois são etapas da “lógica de cura”: a entrada e a saída. Assim como Freud descreveu a psicanálise como um jogo de xadrez em que é possível prever a primeira e a última jogada, Lacan utiliza-se do grupo de Klein para formalizar esses momentos. Introduz o cogito cartesiano pelo seu avesso, pois considera o sujeito da psicanálise o mesmo da ciência, enunciando como ?ou eu não penso, ou eu não sou?. Uma análise tem início pelo assentimento do ato do psicanalista, que opera como causa da exposição da divisão subjetiva. Uma retificação subjetiva que dá início a tarefa analisante, em que o sujeito reconhece a presença nele de um discurso que não é o seu, o inconsciente. A tarefa é sustentada pela transferência, sob o signo do engodo da função sujeito-suposto-saber, em que se efetuam duas operações: alienação e verdade. Em uma análise, ora se trabalha pelo ?eu não penso? para liberar as identificações até se alcançar o fantasma ($<> a), ora pelo “eu não sou” em que se opera a redução aos significantes mestres para o sujeito. Das duas operações, realiza-se de um lado, a perda (o objeto a) e do outro, a falta (- f), como castração. Do sujeito realizado em sua castração surge um impasse, o de como viver com a falta-a-ser. A questão exige um salto, no sentido inverso ao da transferência, para que o sujeito conjugue o ser e o pensar por meio do ato psicanalítico, pondo fim a uma análise. Um sujeito que não é sem o objeto a. Da questão inicial se depreende que o psicanalista é um instrumento da análise e precisa agir enquanto causa do desejo analisante, fazer-se de objeto a. Para tanto, é condição que ele mesmo tenha efetuado o ato de saída para conseguir suportar-se na função, visto que a realiza enquanto des-ser. Disso, pode se concluir que o psicanalista se faz em sua própria análise, e dali provém a sua autorização.

O ato analítico estabelece o sujeito como objeto causa do desejo. No seminário “O ato psicanalítico”, Lacan (1967-1968/s.d.) busca a proximidade lógica entre o ato e a ação, situando o ato no centro da ação. … Do lado do analisante é o ato de decidir-se a fazer uma psicanálise que marca a procura do analista.

“Qualquer coisa que encoraje o crescimento de laços emocionais tem que servir contra as guerras”

Sigmund Freud

O analista como ouvinte e o analisando em busca da verdade sobre si mesmo e seu desejo.

Enfim, a situação analítica consiste na manutenção de uma relação entre dois parceiros, o analisante e o analista, situação essa mediada por um terceiro termo que, de início, é o significante sujeito suposto saber, pivô da transferência, cujo desfecho no desenrolar da experiência analítica possibilitará a inclusão, no centro desse processo, da dialética do desejo

Sobre mim

Apaixonada pela possibilidade da Psicologia e da Psicanálise, e de tudo que ambas contribuem para a expansão psíquica de um sujeito. O que é possível descobrir apenas com o mergulho da experiência, tanto teórica quanto analítica. Me sinto feliz e privilegiada em minha escolha que foi pessoal e profissional.

Minha clínica

Compreendendo a necessidade de trabalhar com o Sujeito para além de seus Sintomas, no intuito de produzir a autonomia de seus Desejos, visando:

  • Uma clínica que se promove para além da Terapêutica habitual, focada em Sintomáticas;
  • Garantindo um espaço de escuta individual;
  • Permitindo uma clínica em que o paciente tenha autonomia no seu discurso e ouça a si mesmo;
  • Proporcionando acolhimento.

O que ofereço?

Atendimento Clínico Individual para adolescentes, adultos e idosos.

Supervisão individual e de grupo (máx 4 profissionais)

Grupo de estudos: Obras completas de Ferenczi

Grupo de estudos: Introdução à Freud

    Por que fazer terapia / análise 

    Assim que somos inseridos na sociedade e na cultura, carregamos conosco o cerne de nossas sintomáticas, ou seja, todos nós sofremos em alguma instância por nossa existência e por nossas relações com o outro. O sujeito que vivencia seus sintomas, sem a possibilidade de elaboração, atua de maneira repetitiva e prejudicial, podendo ficar à mercê de seu próprio gozo, alienando-se de seus verdadeiros desejos.

    As inúmeras sucessões de “angústias” de ordem psíquica e emocional, como Ansiedade, Depressão, Fobia, Síndrome do Pânico, Distúrbios Alimentares, entre outros, podem ser decorrentes da não elaboração das sintomáticas do sujeito.

    Fazer análise não se trata apenas de se conhecer melhor, mas também, de se deparar e se confrontar com o impossível de tudo saber, como as impotências e vulnerabilidades, possíveis de suportar. Quando assumimos o risco de desejar e assumir para nós, nossos desejos, somente diante de tal feito, torna-se possível inventarmos uma solução, para então, poder torná-la pública.

    A Análise dos tempos modernos, deve ser capaz de colaborar com o sujeito na transformação: (1) da angústia paralisante em energia criativa, (2) da rigidez em flexibilidade/possibilidade, (3) da moral da necessidade em ética do desejo. Ou seja, Ela deve contribuir para que o sujeito possa se retirar da atuação e torna-se atuante de e em seu próprio desejo/vida.

    Assim, e portanto, a experiência de análise se faz somente a partir do encontro entre analista e analisando, permeado pelas linguagens e através delas, possibilitando ao inconsciente acontecer, existir, co-agir, simbolizar-se.

    “É uma alegria estar escondido, mas um desastre não ser achado”

    Winnicott

    Período

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    Valores

    Não existe um valor tabelado em Psicoterapia de Base Psicanalítica, mas sim um Acordo fundado nas possibilidades do paciente, seu engajamento na Psicoterapia, bem como nas possibilidades do Terapeuta/Analista que pode ter um valor base e um valor mínimo.

    Assim, O valor da sessão, ou mensalidade, depende do acordo feito entre a dupla, levando em consideração suas demandas e necessidades.

    A consulta inicial/Entrevista é muito importante pois esclarece algumas questões e possibilita a oportunidade de conhecer o espaço, o Psicoterapeuta, bem como sua forma de trabalho, garantindo a empatia essencial para o início do processo terapêutico.

    Os horários são fixos e agendados com antecedência permitindo maior conforto e organização.

    Fique a vontade para marcar uma consulta inicial com possibilidade de ser presencial ou on-line.

    Período da terapia

    O tempo total de uma terapia depende primeiramente da abordagem da própria terapia:

    Na Psicoterapia Breve, por exemplo, o tempo é determinado já nas primeiras consultas iniciais e acordado junto ao paciente.

    Geralmente, a duração de uma terapia fica a cargo da evolução do paciente no sentido de elaboração dos seus Sintomas, entre outras questões que estão em análise naquela relação terapeuta-paciente.

    Da mesma forma, o próprio paciente pode decidir quando parar a terapia. Lembrando que se trata de um processo longo e vai depender do engajamento do paciente em sua própria análise.

    A frequência das sessões também depende das demandas do paciente e da avaliação do terapeuta. Geralmente a frequência mínima é de 1 vez na semana.

    “O equilíbrio não significa evitar conflitos. Implica força para enfrentar emoções dolorosas e lidar com elas.”

    Melanie Klein

    A terapia ajuda a pessoa a se conhecer melhor, entender que ela se sente da forma que pensa, por isso é importante entender seus pensamentos, suas crenças, identificar seus pensamentos que não são úteis, saber como lidar com os pensamentos que não são adequados nem úteis para nossa vida e que nos limitam, nos impedem de atingir nossos objetivos.

    Infelizmente, ainda encontramos muitas pessoas que acham que terapia é coisa de doido, que depressão é frescura, é coisa de quem não tem o que fazer.

    Terapia é cuidar da nossa mente, das nossas emoções, dos nossos sentimentos, dos nossos comportamentos, é entender porque algo tão simples para alguns, parece tão complicado para outros.

     

    É descobrir caminhos que não havíamos pensado, é fazer pequenos ajustes que fazem grandes diferenças em nossas vidas. É olhar para nós, para nossas necessidades, nossos medos, nossas angústias e aprender a lidar com elas de maneira mais adequada, é aceitar o que não podemos mudar e fazer ajustes para vivermos melhor, para buscar a nossa felicidade.

      Na terapia podemos tomar decisões mais acertadas; melhorar nossos relacionamentos com pais, filhos, companheiros, companheiras, chefes, colegas de trabalho; tratamento para fobias, depressão, ansiedade, angústias, luto, obesidade, etc.

      É possível determinar quanto tempo vai durar a terapia? Depende de cada pessoa, de cada objetivo a alcançar. É importante estar disposto(a) a buscar conhecimento, entendimento e que é preciso se responsabilizar pelas escolhas que já fez e vai fazer na vida. Responsabilizar-se, tomar para si o poder da sua vida.

       

      Em terapia não existe mágica, existe trabalho e muitas vezes trabalho árduo, pois você precisa estar disposto(a) a rever acontecimentos que já lhe causaram dor e ao trazer de novo à consciência, você vai reviver essa dor, nem sempre com a mesma intensidade, mas é preciso entender cada ponto de tensão e desatar os nós, pensar de forma mais adequada sobre esse evento e muitos outros, viver de maneira plena com cada pedacinho de você, buscar as soluções mais adequadas para você.

        “Quando, através da análise, chegamos aos conflitos mais profundos de onde surgem o ódio e a ansiedade, também encontramos lá o amor.”

        Melanie Klein

        Será que tem certo?